A Guerra da Lagosta

Diversos

Sim, isso existiu.

Entre 1961 e 1963, o Brasil se envolveu num conflito com a França que a imprensa brasileira chamou, em tom jocoso, de “A Guerra da Lagosta”. O episódio faz parte da história das relações internacionais do Brasil, e girou em torno da captura ilegal de lagostas, por parte de embarcações de pesca francesas, em águas territoriais no litoral da região nordeste do Brasil.
No Brasil, a opinião pública percebeu a situação como uma agressão da França aos direitos de soberania brasileiros. O então presidente João Goulart (1961–1964), após reunião do Conselho de Segurança Nacional, determinou o deslocamento, para a região de navios da Marinha, apoiados pela Força Aérea Brasileira (FAB). Também foi mobilizado o 4° Exército, com sede em Recife, então sob o comando do general Humberto de Alencar Castello Branco.


A crise levou o governo brasileiro a optar por uma atitude de persuasão, determinando o envio de navios da Marinha do Brasil ao local a fim de demonstrar que o país estava disposto a defender seus direitos. Finalmente, o conflito de interesses foi resolvido no campo da diplomacia sem disparar um tiro sequer.

Isso tudo vem desde 1500, pois a França sempre atentou contra a soberania brasileira. Eles pagavam corsários para roubar a pimenta do nosso litoral, invadiram o nosso país fundando a França Antártida e a França Equinocial (veja a nota abaixo) e ainda tentaram invadir a nação 10 vezes. Nos anos 50, a França pescava lagostas em águas territoriais brasileiras de um jeito predatório. As redes danificavam o solo marítimo e rapidamente a espécie se esgotou. Entre 1961 a 1963, eles foram para Pernambuco com o discurso de pesquisas marítimas.

Navio de pesca francês Cassiopée pescando ilegalmente a lagosta em Pernambuco.

Na verdade, eles estavam roubando clandestinamente a lagosta brasileira. Denunciados por pescadores brasileiros, a Marinha do Brasil chegou à região e descobriu a farsa francesa. A Marinha cancelou a licença dos europeus e deu um prazo para estes saírem da área. Os franceses não quiseram sair e ainda chamaram a Marinha de Guerra Francesa para protegê-los e eles continuarem saqueando o nosso território. O pior de tudo é que a Marinha Francesa mandou destróieres e o porta-aviões francês F.S Foch. O Ministro da Defesa brasileiro disse que isso era uma agressão ao país e mandou a Marinha e a Força Aérea Brasileiras para o litoral de Pernambuco.

Corveta Ipiranga

Os franceses não ligaram para o ultimato e permaneceram em águas brasileiras. Foi quando a corveta Ipiranga fez o inacreditável no Brasil atual. Ela aprisionou o navio de pesca francês. Mas isso fez os franceses ficarem ainda mais irritados a ponto de mandar dois destróieres para o litoral brasileiro. A Aeronáutica brasileira enviou aviões para acompanhar os navios de guerra europeus que não se aproximaram ainda mais do litoral brasileiro. Então, a FAB sobrevoou os destróieres franceses com um P-16 armado com foguetes.

Um Boeing B-17 da Força Aérea Brasileira voa sobre o Navio de guerra francês Tartu (D636), ao largo da costa do Brasil em 1963

E vendo que eram 2 contra 8, mais os aviões da FAB, os franceses desistiram e foram embora. Mais tarde, a França ainda se desculpou pelo que chamou de “incidente” e o Brasil ainda pôde expandir suas águas territoriais.

A questão foi resolvida diplomaticamente, mas aí vieram os japoneses para pescar camarão, atum…   E o Brasil agiu da mesma forma e mandou todo mundo embora.

NOTA: O Império colonial Francês no Novo Mundo também incluía a Nova França (“Nouvelle France“) na América do Norte, particularmente no que é hoje a província do Québec, no Canadá, e a França Antártica (“France Antarctique“), na atual cidade do Rio de Janeiro, no Brasil.

 

FONTE: Internet

 

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