Trapaceiros

Política

Isto não é teoria da conspiração, mas bem que parece ser.

Thomas Edison NÃO inventou a lâmpada. A ideia e o projeto de uma lâmpada foi de um inglês chamado Joseph Swan. Edison ficou fascinado pela invenção e foi fundamental na criação de um filamento que durasse mais tempo. SÓ ISSO. Mas ele é comemorado como o inventor da lâmpada incandescente. Edison foi um grande inventor e era obcecado: esta sim, era uma grande qualidade. Não descansava enquanto não conseguisse os resultados que queria, mas levou o crédito de muita coisa que não era dele…

Alessandro Volta e a Bateria

Ainda falam dele como o inventor da bateria. Só que foi o italiano Alessandro Volta quem a inventou décadas antes. E, mais uma vez, o crédito ficou para Edison.

Luc Montagner

Robert Gallo, conhecidíssimo cientista trapaceiro, tentou roubar de Luc Montagner o isolamento do vírus da AIDS. Só que nem a mídia francesa, nem a comunidade científica, se curvaram perante esse esperto. Resultado: Luc Montagner e sua equipe de pesquisadores receberam o PRÊMIO NOBEL DA MEDICINA e o bandido se rendeu. Mas deram um jeitinho e o Robert Gallo ainda saiu como grande pesquisador, que teve papel fundamental na descoberta e blá, blá, blá. Trapaceiro, mas…

Dizem que Nicolai Tesla, este sim um grande inventor, tentou registrar a patente do rádio sem fio bem antes de Marconi. Não conseguiu porque os técnicos do escritório de patentes identificaram vários componentes patenteados por Marconi e deram a patente do rádio ao italiano. Claro que houve discriminação e, entre um sérvio e um italiano (na inexistência de um norte-americano), ficaram com Marconi. Mas, diga-se, foi a genialidade de Tesla que conseguiu fazer tudo funcionar.

Nicolai Tesla

A Lei da Conservação da Matéria, que todos conhecem como sendo a Lei de Lavoisier, foi primeiro enunciada em 1760 pelo russo Mikhail Lomonosov. Mas foi Lavoisier quem levou o crédito e o nome da Lei, pois foi quem primeiro a explicou, anos depois, em 1773. Detalhe: Lavoisier foi decapitado na guilhotina durante a Revolução Francesa e, segundo consta, a mando do revolucionário jacobino Marat e este foi assassinado na banheira pela girondina Charlotte Corday.

Bartolomeu de Gusmão demonstrou o voo de um pequeno balão de ar quente na corte portuguesa no século 17. O aparato foi derrubado pelos serviçais que temiam um incêndio. Esse era o princípio do sonho mais antigo da humanidade: voar.

Bartolomeu de Gusmão e seu balão de ar quente

Os tais irmãos Wrong (ou Wright, como queira) disseram, e apenas disseram sem provas, que voaram em 1903, três anos antes de Santos-Dumont e seu 14-Bis em Paris (veja aqui). Ninguém viu, ninguém fotografou, ninguém filmou: eles apenas disseram. Bem diferente de Santos-Dumont que teve tudo isso em público. Esse era o sonho mais antigo do homem e eles nada falaram por três anos ? Muito estranho. E qualquer estudante de engenharia aeronáutica afirma, categoricamente, que o tal avião dos irmãos não tinha como voar. E, de fato, ele nunca voou nem nas demonstrações (veja aqui num artigo da BBC, não de um bloguezinho qualquer).   Detalhe: Santos-Dumont jamais pediu qualquer patente de suas invenções e os projetos ficavam todos à disposição de quem quisesse.  Bem ao contrário dos tais trapaceiros que guardavam os projetos a sete chaves.  Deve ser porque sabiam que ele não voava.

Não há um único museu norte-americano que fale de Santos Dumont. Ele é citado como um mero verbete e, no mínimo, deveria ser lembrado como o inventor do balão dirigível e o primeiro a contornar a Torre Eiffel e retornar ao ponto de partida. Só isso mostra muita coisa. E o crédito do voo do “mais pesado que o ar” ficou com os irmãos trapaceiros.

Santos-Dumont

Sir Alexander Fleming é o nome do cientista que as pessoas pensam ser o inventor (ou descobridor) da penicilina. Ele pode ter chegado a ela por várias razões, mas os nativos de tribos do norte da África já vinham usando o fungo há centenas de anos, mesmo sem saberem porque. Além disso, em 1897, Ernest Duchesne usou o mesmo fungo para curar a febre tifoide de seu porquinho da índia. Mas ele nunca foi levado a sério e os créditos ficaram com Flemming, que a popularizou.

Santos-Dumont NÃO inventou o relógio de pulso.   Ele foi inventado em 1814, pelo relojoeiro Abraham Louis Breguet para Carolina Murat, princesa de Nápoles e irmã de Napoleão Bonaparte.     Louis Cartier, grande amigo de Santos-Dumont, o desenvolveu a pedido deste.

Lomonosov

O inventor do telefone foi Alexander Graham Bell, certo ? Errado. Em, 1860, um italiano chamado Antonio Meucci demonstrou o que ele chamava de “teletrofono“, como o primeiro telefone realmente funcional. Anos mais tarde ele registrou uma patente temporária e, em 1874, Meucci não tinha US$10 para renovar sua patente e, anos depois, Bell registrou a sua própria patente de telefone. Meucci ainda tentou processá-lo para recuperar os registros dos planos e desenhos originais que ele havia enviado a um laboratório na Western Union, mas estes registros haviam desaparecido. Acontece que, naquela época, Bell trabalhava na Western Union…

Meucci

A fórmula mais famosa do mundo é a E=mc², que nos leva diretamente a Albert Einstein e sua Teoria da Relatividade. Mas ele não inventou isso. A equivalência entre massa e energia já era conhecida anos antes de Einstein pensar em qualquer coisa sobre relatividade. Esse estudo começou a tomar forma quando Olinto de Pretto, em 1903, formulou que “A matéria se movendo na velocidade da luz teria energia cinética igual a mv²“. A genialidade de Einstein, entre outras coisas, foi demonstrar que essa equivalência era verdadeira.

Mas a melhor de todas é aquela história da nota “AAA” dada ao Banco Lehman Brothers pelas agências de risco, um dia antes da falência. Essa quebra marcou o início da crise financeira de 2008 que devastou todo o planeta e ninguém fala disso. Esse banco ainda teve participação no desenho “Meu Malvado Favorito“, onde aparece como “Bank of Evil – Former Lehman Brothers“.

E ainda tem a questão do cinema com Lumiére, da fotografia com Daguerre

São apenas alguns exemplos. A conclusão é sua.

 

Texto de Renzo Grosso

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