Olimpíada de Paris 2024 – Eles Conseguiram…
…fazer na abertura o que não deveriam.
A preocupação com a diversidade levou os orgulhosos franceses a ceder seu país, cultura e idioma para os mínions e cantoras não francesas dando do tom da abertura dos Jogos, mesmo cantando em francês, como a canadense Céline Dion e a música “Hymne A L’Amour” de Edith Piaff.
Na minha opinião, a abertura os Jogos Olímpicos de Paris 2024, foram um grande exemplo de que pagar para assistir ao vivo é a pior coisa que se pode fazer. E não me refiro à chuva que varreu impiedosamente a capital francesa! Nas sedes olímpicas anteriores, a festa principal era feita num estádio com algumas poucas “chamadas” fora dele, como o 14 Bis voando sobre o Maracanã, na Rio 2016.
Quem assistiu pela TV, mesmo apenas os melhores momentos de Paris 2024, viu muito mais do que qualquer um que pagou uma fortuna para estar ali. Fazer uma olimpíada numa cidade que tem alguma coisa interessante para ver aonde quer que você olhe, de fato, é um problema.
Cantores e performances em telhados, janelas e ruas fizeram um belíssimo espetáculo, mas que só era possível acompanhar pela TV. Pior ainda foi um grupo de drag queens protagonizando uma cena semelhante à Santa Ceia. O Vaticano não gostou e recebeu a velha resposta: “É arte“. Uma “arte” parecida com aquela que deixou 12 mortos no Charlie Hebdo há alguns anos. E essas mesmas pessoas chamam de “arte” aquela porcaria que mostrava um macaquinho nos braços de N. Senhora.
Apresentar os atletas durante um cortejo de barcos no rio Sena parecia uma ideia bastante atraente. Mas não foi. Era visível a frustração dos porta-bandeiras por apenas ter que sustenta-la no convés de um barco. Muito mais interessante seria ver o desfile das delegações, como de costume num estádio ou coisa assim, do que navegando pelo rio Sena. Sem falar dos atletas que estavam se acotovelando para aparecer.
Antes mesmo de começar a Olimpíada do Rio 2016, os europeus reclamavam dos perigos e até pediam a transferência para outra sede. Até agora, podemos falar o mesmo de Paris que está prestes a cancelar o triatlo por conta da poluição no rio Sena.
Só para lembrar, achando que estaria competindo numa republiqueta qualquer, o nadador norte americano Ryan Lochte, um grande medalhista olímpico, protagonizou a grandiosidade de uma confusão, seguida de um assalto falso na Rio-2016 e fugiu voando para os EUA. Outros dois amigos dele, Gunnar Bentz e Jack Conger, chegaram a ser retirados do avião para prestar depoimento. Mas vândalos tem em todos os lugares e Paris não é diferente. O brasileiro Zico foi roubado em mais de um milhão logo no primeiro dia…
A jornalista Fernanda Gentil falou ao vivo que não conseguiria dar maiores informações porque os eventos eram mais distantes do que uma tradicional Vila Olímpica, além do fortíssimo esquema de segurança na capital. Ela dizia que, nas sedes anteriores, era simples correr de uma arena até a outra, pois eram bem próximas.
Lindo mesmo foi a cantora lírica Axelle Saint-Cirel, que foi a responsável por cantar a Marselhesa no alto do Grand Palais ao lado de uma enorme bandeira da França. Mas só viu que assistiu pela TV. Quem estava lá, só ouviu.
A delegação brasileira e a velha mania do “vamos lá de qualquer jeito”.
A Olimpíada já começa com o fato de que o Brasil, o país do futebol, ficou fora dessa modalidade (masculina) na olimpíada porque não teve competência para se classificar.
Dos 300 atletas brasileiros que foram para a Olimpíada de Tóquio 2021, cerca de 60 competiram sem nenhum patrocínio e outros 40 foram para lá à custa de “vaquinhas“. Este ano não foi muito diferente. Já sabemos que 90% da delegação brasileira recebe “ajuda de custo” e que não são suficientes para cobrir os materiais e os treinos.
Paris tinha muitas outras opções para fazer uma abertura diferente. Preferiu essa.
Ahh e tem a pira olímpica num balão.
E não é questão de falar mal da delegação brasileira. Clique aqui e veja que o Brasil não evoluiu muito desde Tóquio.
Texto de Renzo Grosso