Argentina Tri-Campeã – África, Vice

Diversos

E o mundo, até mesmo os Argentinos, endeusaram Messi, que chegou até a se aposentar da seleção diante de tantas críticas que recebeu.    Da virtual eliminação precoce a campeã do mundo.  E, o título acima não tem nada de racismo.  Ele apenas aponta para uma realidade que nossos valorosos cartolas ainda não viram: os jogadores originários do continente africano.

Essa final foi mesmo um show. Nenhuma das duas seleções fez mais do que a obrigação, sem grandes vitórias ou táticas durante todo o torneio. Mas a final mostrou muito de tudo isso. Dos dois lados.

A Argentina estava com a taça nas mãos durante todo o primeiro tempo, fazendo dois a zero e dando uma goleada tática que deixou a França sem saber o que fazer. Foram cinco chutes a gol da Argentina e nenhum, ZERO, da França.
O segundo tempo foi diferente. A França voltou com mais determinação e empatou o jogo em três minutos com o “francês” Mbappe. A tática do Deschamps foi a de anular a Argentina e ele conseguiu.
Na prorrogação, a história foi parecida. A Argentina dominava o primeiro tempo e a França dominou o segundo. Resultado: três a três e disputa por pênaltis. Ambos os técnicos deram uma aula de tática ao anular o adversário. Um técnico brasileiro não saberia o que fazer e já teve chance de mostrar.

Eu digo que a África acabou como vice-campeã porque a França só tem meia dúzia de jogadores franceses, pois o restante, apesar de todos eles terem nascido na França, são oriundos das colônias africanas. Por mais que um desses se chame Pierre, o sobrenome vai denunciar a origem.

Venceu a Argentina com méritos de seu goleiro e do próprio Messi que soube comandar a equipe como ninguém.

Fiz um post há dois anos (veja aqui ) onde eu discutia o futuro dos técnicos do Brasil.
Só para lembrar o que eu escrevi há dois anos:

“A seleção brasileira é uma instituição e assim deveria ser tratada. O Brasil é detentor de cinco títulos mundiais e o maior fornecedor de (bons) jogadores para o mundo. Não dá para ter um técnico nota 2 e perder para a Bélgica, como em 2018. Aliás, era para ter perdido a partida anterior contra o México e ter sido eliminado da competição. Antes de tudo isso, o próprio Dunga voltou para uma segunda temporada na seleção, o que comprova a “dança das cadeiras“.”

Como sempre e em todas as copas, e a do Catar não foi diferente, o Brasil tinha um dos melhores jogadores do mundo: Neymar Jr. Ele é um craque que pode definir um jogo com uma jogada individual mas, se ele não está bem ou não está em campo, parece que o time todo fica apático. O time joga para ele e por ele. Não existe uma tática ou um segundo jogador que possa trabalhar com ele. Romário tinha o Bebeto. Ronaldo tinha o Rivaldo. Pelé tinha Garrincha. E agora só temos o Neymar.

Tite já se mostrou um ótimo técnico sul-americano, mas péssimo no trato com seleções europeias.   Não acredito que nenhuma delas quis jogar conosco na preparação para o Catar.  É mais fácil que ele tenha fugido disso.  Uma boa seleção não-europeia, como Argentina e Uruguai, dá calafrios em qualquer torcedor que vê Tite no comando da seleção nacional. Além disso o Brasil precisa se livrar da dependência de um único jogador.

O Brasil precisa se cuidar para não perder tudo que conquistou. Há cinquenta anos o Brasil passeava sobre qualquer seleção africana. Lembra o Zaire em 1974 ? Pois é. A farra acabou e eles estão melhorando a cada dia. O Marrocos já chegou a uma semifinal inédita e ficou em quarto lugar.

Aí vem o Rivaldo dizer que o Brasil tem ótimos técnicos e podemos dispensar um estrangeiro no comando da seleção brasileira. Estão até falando em Mano Menezes. Meu Deus que nos livre disso.

Enquanto isso, o hexa está cada vez mais longe e, se vale como consolo, o Brasil é o único pentacampeão. Pelo menos até a próxima copa, em 2026.

 

Texto: Renzo Grosso, com imagens da Internet

EDIÇÃO POSTERIOR:

Hoje pela manhã (19/12/2022) ouvi uma declaração do repórter Elia Junior, da rádio Bandeirantes, onde ele dizia mais ou menos o que está escrito acima: Neymar é o melhor do Brasil, e só !  Não está na mesma altura de Mbappe ou Messi, aliás, longe disso.   O Brasil não tem mais a estatura do pentacampeão que é, porque tem um grande time comandado por treinadores pífios.  Basta ver que o auxiliar técnico do Tite era o seu próprio filho que não tem nenhuma relevância nessa função.  Além de outros “amigos”  que fizeram parte dessa desastrosa “comissão técnica”.  Muito diferente dos auxiliares de Lionel Scaloni (Argentina) e Deschamps (França) que são experts na função.  A seleção brasileira ainda é muito grande para ficar na mão de incompetentes  que preferem chamar jogadores consagrados (ou seus amigos) em detrimento daqueles que estão em melhores momentos.   Que isso mude logo, antes que seja tarde.   Não é choradeira de perdedor.  É um aviso !  E que venha um bom técnico que não seja nenhum desses dinossauros.

Em tempo: Tite fechou sua participação com o vexame dos vexames: ao final do jogo contra a Croácia, ele deixou a seleção sozinha em campo e foi para o vestiário.   O Brasil foi desclassificado por uma Croácia sem nenhuma tradição, mas bastante competente.   Triste para alguém que ganha mais de 5 milhões de euros por ano.

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