Microsoft e Nokia – A Eliminação De Novo !

Tecnologia

Uma empresa existe por conta de sua tecnologia que é traduzida pelo conhecimento (e vontade) de seus funcionários, graduados ou não.

A NOKIA detinha cerca de 37% do mercado de celulares e se desesperou quando percebeu que o iPhone estava derrapando e que o Android acelerava a cada dia. Foi quando notaram que os fabricantes tradicionais estavam indo ladeira abaixo e que os principais concorrentes eram as empresas como Google e Apple. A Microsoft ainda tentava um último suspiro com seu “Windows CE“, que nada mais era do que um Windows reduzido, e mostrou-se um verdadeiro fracasso. Aí o pânico da Nokia se converteu na ideia de salvação que eles acreditavam ser uma grande parceria para o futuro: a Microsoft.

Windows CE

Essa “parceria” poderia ter dado certo. Só que, desde o início, a Microsoft não queria dividir coisa alguma, assim como fez com a Borland (e conseguiu – veja aqui). A Microsoft iria fazer qualquer coisa para voltar ao pódio e liderar a corrida dos sistemas operacionais de celulares. O que ela queria, de verdade, era ver a Nokia produzindo aparelhos celulares com o Sistema Operacional Windows, ou coisa parecida, produzido pela Microsoft.

E o início do fim da Nokia veio exatamente através dessa parceria, oferecida pela Microsoft, com a exigência da substituição do CEO por Stephen Elop. Nessa exigência estava embutida a trama para minar todos os esforços da Nokia em voltar a ser uma empresa respeitável e lucrativa. E assim foi feito:
Elop trabalhou muito bem, só que para a Microsoft, e preparou o caminho para ela assumir o controle da NOKIA, de forma rápida e o mais barato possível.

Stephen Elop

Falando um pouco de Elop, em 2010 a Nokia tinha um valor de mercado da ordem dos US$ 30 bilhões. Em três anos, a participação da Nokia caiu de 37% para parcos 3% e seu valor de mercado estava em cerca de US$ 11 bilhões. Nesse momento, a Nokia já era uma empresa quase inviável, e a Microsoft conseguiu comprá-la pela metade do valor: US$ 5,4 bilhões.

A Nokia chegou a produzir um celular modelo N9, com um sistema operacional fabuloso: o Meego, que funcionava basicamente com gestos e que era insubstituível na época, exceto por algumas promessas dos concorrentes. Os demais ainda precisaram de cerca de dois anos para chegar perto dessa tecnologia.

Os aparelhos mais simples da Nokia (os mais vendidos), que usavam Android, passaram a usar o infeliz Windows Phone 7, muito inferior a qualquer coisa que se aproximasse do MeeGo, além de outras bobagens inúteis.

Imagem Ilustrativa da Internet

Muitos clientes do Windows Phone ainda confiavam na plataforma e compravam os celulares munidos de Windows Phone 7 e 7.8, que nem haviam sido testados. Logo depois, Elop retirou o suporte desse SO para fazer seus clientes comprarem novos telefones com Windows Phone 8, que era ainda pior. Além disso, ele tirou a verba da pesquisa e demitiu centenas da Nokia.

Se você está fazendo alguma analogia sobre o fim do suporte ao Windows 10, que vai obrigar muita gente a comprar novos equipamentos que suportem o Windows 11, pode continuar. Só não sei inda onde a Microsoft quer chegar com isso.

Em suma, a Microsoft é ótima em acabar com concorrentes. Ela fez isso com os excelentes WordStar, Lotus 1-2-3, o StoryBoard e muitos outros e continua causando baixas. Bill Gates não é apenas um homem que estava no lugar certo, na hora certa, mesmo que tenha sido seu pai. Sua competência o levou a assegurar que “A Internet é apenas uma modinha que logo vai sumir“. Quando se deu conta que não era bem assim, ele deu um jeito de acabar com os navegadores que existiam, veja o Netscape, para impor uma porcaria chamada “Internet Explorer“.

Voltando ao assunto, se é que saímos dele, ao longo do tempo os celulares com Windows Phone agonizavam, e viriam a se firmar como o terceiro erro da Microsoft. O primeiro foi quando ele disse que “640 Kb de memória sempre serão suficientes” e o segundo com essa pouca atenção dada à Internet.

É estupidez, ou muita inveja, chamar de incompetente um dos homens mais ricos do mundo.   E é ele quem está lá.

Texto de Renzo Grosso e adaptações.

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