Fidel

Política

Ele nasceu em 1926, fruto do romance entre seu pai, o fazendeiro Angel Castro, e uma serva.   Filho ilegítimo, ele só seria reconhecido em 1941, como Fidel Alejandro Castro Ruz. Dizem que seu pai mentiu na certidão de nascimento (e foram várias) para que ele pudesse pular um ano da escola e, com isso, cursar uma escola secundária. Fidel não gostava das desigualdades que havia na fazenda.

Em 1947, Castro entrou para o Partido Socialista do Povo Cubano (Partido Ortodoxo), que defendia a justiça social, o governo honesto e liberdade política. Tudo bonito se esse mesmo partido não fosse corrompido.

Quando esteve em Havana, viu as atrocidades da máfia americana, que era a proprietária dos hotéis, cassinos e bordéis, contra o povo cubano. Isso inflou nele o que seria visto como o anti-imperialismo.   Mas nenhum desses sentimentos o impediu de passar a lua de mel em Nova Iorque.

Em 1956 Castro saiu do México em direção a Cuba com 81 combatentes e chegaram na parte oriental da ilha, onde se refugiaram na Sierra Maestra e logo se tornou o Comandante-em-Chefe do Exército Rebelde.

Em dois anos de luta, eles conseguiram depor o ditador Fulgêncio Batista.

Castro tinha nas mãos todas as ferramentas que precisava para trazer a igualdade a Cuba. O problema é que o poder inebria e acabou ele mesmo tornando-se um ditador, indo na contramão de tudo o que ele defendia.

A mídia trata Fidel como líder, homem controverso e outros eufemismos. Nenhum deles se encaixa na personalidade dele e, muito menos, na ideologia que faria dele um dos mais perversos ditadores da história. Ele assassinou entre 5 e 12 mil pessoas, acabou com partidos, com sindicatos, com opositores, com as liberdades individuais, instituiu a política do “paredón” e, entre muitas outras coisas, não permitia que alguém deixasse a “sua” ilha.

Durante os Jogos Pan-americanos de 2007, no Rio de Janeiro, dois desavisados lutadores cubanos pediram asilo político. Não demorou nada para que Lula, então presidente do Brasil, comunicasse a Fidel e rapidamente um avião de Cuba veio buscá-los. Mas os dois estão bem. Eles conseguiram fugir de Cuba e hoje são cidadãos alemães.

A brasileira Cláudia Furiati publicou um livro chamado “Fidel Castro: A História me Absolverá”, em 2003. O título dá uma boa ideia de que ele sabia o que estava fazendo.

Talvez a morte do “líder” cubano traga à ilha um futuro melhor. O irmão, Raul, já se mostrou um pouco mais maleável. Um pouco.

 

 

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